Formado por diversas e variadas partes menores que, unidas em harmonia, numa lógica de correlação fiel ao solidarismo e à interdependência, formam um ser único e maior detentor de seu desígnio universal: a comunicação de si em direção aos outros por meio de sua imagem produzida, divulgada e consumida, e reproduzida, o Mosaico esbanja personalidade, e beleza, e arte, e pujança. Adiante, é a linguística um outro mosaico do qual não se pode observar essa natureza. Nela, as partes menores (seus ramos, subdivisões, escolas) que deveriam formar um todo se renunciam em repúdia e aversão. Na maioria das ocasiões de encontro entre essas unidades, há agressão mútua, causando a discórdia e até mesmo invocando a ignorância recíproca, o que, por sua vez, conclui-se como desencontro, negando a essência do mosaico; fenômeno esse causado pela vaidade, disputa de poder e busca de prestígio estritamente individual. Eis aqui a linguística: fração do saber em crise epistemológica e ontológica que se encontra no mal-estar de conhecer a si como algo que transita errante-cambaleante na dúvida de ser/estar ideologia ou a aglomeração de crenças que se questiona sempre: quem sou? E nas muitas respostas, se perde, nunca se acha. Muitas outras perguntas surgem. É a linguística a representação do humano mais que demasiado, o pós-moderno. Língua é vida. Qanto tal, insatisfeita de si.
03.04.2009 Diógenes silva
A lingüística é um verdadeiro mosaico.... é o produzir, por meios de cacos, um todo que se estilhaça e se multiplica.
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