segunda-feira, 6 de julho de 2009

NA MESMA [poema]

Eu desejo muitas coisas... Eu queria tantas coisas... Eu tenho poucas coisas. Eu conquisto quase nada. Parece que meus esforços são em vão. A cada dia, me sinto enfraquecer, estou perdendo a força de sonhar a coragem de lutar. Quase não tenho mais iniciativa. O ócio improdutivo é minhas horas.vejo o dia correr veloz, e continuo na mesma: frustrado e insatisfeito. Não sei o que agora quero e o que devo fazer. Muitos dizem que sou inteligente e que há potencial em mim. Mas não sei onde e pra quê ao certo. Atiro pra todos os lados e em nada me firmo. Vivo de migalhas e humilhações. Me faço coitadinho de mim para mim. Subsistência são meus ganhos. Ai... Onde está aquela pessoa de outrora? Por que tudo parece ser mais difícil logo agora que possuo mais? Talvez o problema seja... Serei eu um eterno vazo brocado? Já tô quase no meio de mais um ano e na metade da metade dum centenário. E nada sei pra que sirvo ao certo e não vejo onde minha soberba acha suporte para ser e estar.

DIÓ. SSA-BA, 11.04.2009

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