domingo, 5 de dezembro de 2010

ONDE ESTÁ (POEMA)

Às vezes, a Solidão é carinhosa

Não causa medo, é bem-vinda

Há outros momentos em que ela

Devassa a intimidade sem pedir licença

Sem cerimônia alguma

E mostra mais que carência

Exibe aos tapas e cuspidas

Necessidade de permissibilidade

A experiências por meio do Outro

Não só nos agoras, além e aquém

Deixando o Inconsciente fazer do Amor

Pista pela qual sua Conveniência fará

Inúmeras travessuras sem consentimento

Ou complacência do Ser que habita

Isso não é problema...

Pelo contrário, torna o Drama do gostar e ser correspondido

Ainda mais delicioso de se assistir

Seja de camarote, seja como contracenador

O complicado é justamente o Outro

Melhor, onde o encontrar

Miséria, onde está o Outro?

E a pergunta volta com resposta...

A tristeza é a companhia no momento

Resta Sonhar pelo Desejo que balança

Entre a resignação e a rebeldia

E os dias ficam longos

E as noites, mais silenciosas

E esperança aqui, inquieta.

O Carteiro vem, cumpre seu ofício

Acaricia Blanc e se vai outra vez...

Lembrei do dia do primeiro beijo...

Voltei a Sonhar...

Que o Sol não chegue tão cedo



Diógenes silva. Ssa-ba, 1-12-2010.

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