Às vezes, a Solidão é carinhosa
Não causa medo, é bem-vinda
Há outros momentos em que ela
Devassa a intimidade sem pedir licença
Sem cerimônia alguma
E mostra mais que carência
Exibe aos tapas e cuspidas
Necessidade de permissibilidade
A experiências por meio do Outro
Não só nos agoras, além e aquém
Deixando o Inconsciente fazer do Amor
Pista pela qual sua Conveniência fará
Inúmeras travessuras sem consentimento
Ou complacência do Ser que habita
Isso não é problema...
Pelo contrário, torna o Drama do gostar e ser correspondido
Ainda mais delicioso de se assistir
Seja de camarote, seja como contracenador
O complicado é justamente o Outro
Melhor, onde o encontrar
Miséria, onde está o Outro?
E a pergunta volta com resposta...
A tristeza é a companhia no momento
Resta Sonhar pelo Desejo que balança
Entre a resignação e a rebeldia
E os dias ficam longos
E as noites, mais silenciosas
E esperança aqui, inquieta.
O Carteiro vem, cumpre seu ofício
Acaricia Blanc e se vai outra vez...
Lembrei do dia do primeiro beijo...
Voltei a Sonhar...
Que o Sol não chegue tão cedo
Diógenes silva. Ssa-ba, 1-12-2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário