sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DITOS E DITO [POEMA]


Existe tempo de mudanças?
Não. A mudança é o próprio nascimento que a morte espreita arrogante.
De sonho ou deslize, uma nova história começa a ser desenhada
com tinta incerta sobre base confusa.
Do embrião ao cadáver, tudo sempre está se transformando;
até aquele e aquilo que acredita ou é pensado estar parado no tempo
muda em sua preguiça natural.
Olhar pro vizinho e ver sua ação dali, e você de cá sem movimento que produz,
só faz trazer a inveja como animal de estimação.
Por que ele, e não eu? Olha aí a pergunta que ganha voz.
Você se acha mais nobre?
E o que você me diz de suas vergonhas disfarçadas sobre sua hipocrisia
Carnavalesca?
E os amigos, por onde andam?
Ah, eles se escondem; basta você recorrer a eles em necessidade.
Quem não está só hoje?
E mesmo assim vemos o teatro da felicidade nas fotos e nas palavras de um bocado.
Rir, gargalhar... Não vejo algo melhor ante tanta sacanagem.
Por que não simplificar tudo, né?
Trabalhar pra quê? Estudar para quê? Por que ser útil?
Quanto mais se tem, mais se quer.
A busca por mais e mais só nos tira.
Parabéns aos ignorantes e estúpidos. Eles, sim,
Sabem o que é  a felicidade do cão que só espera pelas horas de comer.

Dio. 25/11/2011

Um comentário:

  1. Nossa correria diária não nos deixa parar para perceber se o que temos já não é o suficiente para nossa vida. Nos preocupamos muito em TER: ter isso, ter aquilo, comprar isso, comprar aquilo. Os anos vão passando, quando nos damos conta, esquecemos do mais importante que é VIVER e SER FELIZ! Ass: Beto Souza

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