entre
os espaços do teclado,
ouço
conversas mudas de palavras arriscadas
e, nos
riscos de suas letras,
o ditongo cede lugar ao hiato
enquanto
o branco da tela parte pros’olhos
borrando
toda ilusão do depois
ofuscado,
não consigo ver nada mais que o tempo
e ele,
no espaço dilatado do quarto que não dorme,
resgata
algumas lágrimas
que se recusam despencar para o esquecimento
e
coração está em asfalto sob longa noite
como
se amanhã não fosse tão certo
quanto o fim de torta deliciosa
o que
esperar dos lábios?
resignação
subversiva é a sua língua
que
não retorna a memórias,
e vai,
sim, a sonhos ainda não encenados
- Dió, 10/02/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário