De D a I em E [POEMA]
O chão parece ressequido, as árvores
podem estar secas e chuva talvez não venha
Prenúncios de desgraça? Possivelmente
apenas possibilidades...
Há muitas versões possíveis, as
perspectivas são a verdade
E o aprendizado é como o último suspiro
de um moribundo,
Jamais está conformado com o adeus.
Me arrisco por esses becos do
produzir a si conhecimento
E percebo que nem fundo tenho,
imagine o tacho!
A partir do outro que já sou eu a
cada doação sua
Chego a quem o insólito toma a forma
nua
O catar de coisas simples forjadas em
criatividade e competência
A quem o poder de tornar o hodierno
um banquete
Que veio por mérito do passo acertado
Como a rocha que não anseia se verter
diamante, faz de seu caminho o feixe em delta
Regando para além de fronteiras que
já não são mais nações,
É a selva belicamente ornada por
aquilo que tanto se caça: amor!
E, amando, faz do fardo do dia, o
prêmio desejado e reclamado
E, com sua posse, se realiza no agora
entre as ilusões da poeira levantada
Das fileiras de palavras de onde as
vozes que não se calam
A elevam à condição de especiaria:
cara, rara e essencial ao sabor
O gosto de ser o que um estúpido
errante, no desmanchar de sua soberbice e ignorância,
Alcança em pontaria feliz: outra
flor, que não é a do Lácio,
Muito menos inculta e bela; sim, a
flor do outro lado do oceano
Aquela, que bonita e sábia, exala de
si a simpatia do sorriso de um eterno aprendiz!
E com o D a denuncio e com o I em
E tentei, em fracasso, deixá-la em discrição.
Não posso, mesmo que quisesse,
esconder o que você se tornou e se faz:
Os caminhos que se vão e que deitam
na paixão de fazer vida pululante existência
De um Deus profano que surge do
falsear do seu espelho.
Dedicado a quem ainda não encontrei
par,
Denise, singela e maravilhosa, Denise
Dió. Ssa-Ba, 22/12/2014, às 0:48.