domingo, 6 de março de 2016

De D a I em E [POEMA]

O chão parece ressequido, as árvores podem estar secas e chuva talvez não venha
Prenúncios de desgraça? Possivelmente apenas possibilidades...
Há muitas versões possíveis, as perspectivas são a verdade
E o aprendizado é como o último suspiro de um moribundo,
Jamais está conformado com o adeus.
Me arrisco por esses becos do produzir a si conhecimento
E percebo que nem fundo tenho, imagine o tacho!
A partir do outro que já sou eu a cada doação sua
Chego a quem o insólito toma a forma nua
O catar de coisas simples forjadas em criatividade e competência
A quem o poder de tornar o hodierno um banquete
Que veio por mérito do passo acertado
Como a rocha que não anseia se verter diamante, faz de seu caminho o feixe em delta
Regando para além de fronteiras que já não são mais nações,
É a selva belicamente ornada por aquilo que tanto se caça: amor!
E, amando, faz do fardo do dia, o prêmio desejado e reclamado
E, com sua posse, se realiza no agora entre as ilusões da poeira levantada
Das fileiras de palavras de onde as vozes que não se calam
A elevam à condição de especiaria: cara, rara e essencial ao sabor
O gosto de ser o que um estúpido errante, no desmanchar de sua soberbice e ignorância,
Alcança em pontaria feliz: outra flor, que não é a do Lácio,
Muito menos inculta e bela; sim, a flor do outro lado do oceano
Aquela, que bonita e sábia, exala de si a simpatia do sorriso de um eterno aprendiz!
E com o D a denuncio e com o I em E tentei, em fracasso, deixá-la em discrição.
Não posso, mesmo que quisesse, esconder o que você se tornou e se faz:
Os caminhos que se vão e que deitam na paixão de fazer vida pululante existência
De um Deus profano que surge do falsear do seu espelho.



Dedicado a quem ainda não encontrei par,
Denise, singela e maravilhosa, Denise


Dió. Ssa-Ba, 22/12/2014, às 0:48.

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