Dias
iam para o Oeste mais depressa
que
as nuvens de chuva
e os
olhos não encontravam janelas
onde
as aspirações pudessem ter pés
Até
que o infortúnio trouxe o inesperado
sobre
a cabeça da urgência de milagres
Destino
assim quis e tudo se confluiu
entre
as rimas de uma narrativa burlesca
O que
parecia estranho e má sorte
era o
arranjo inevitável tomando forma e sustentação
O
contrato foi costurado
sobre
a mesa do riso inicial
Simpatia
foi o primeiro beijo
E como
toda carícia exige mais proximidade
outros
toques foram compartilhados apenas
pelo
simples choque de afinidades transcendentais
e o
acaso se fez inscrições legítimas
Euforia
logo foi o álcool da vaidade do inexperiente
A moldura
para seu quadro seria a tenra madeira
que expõe
sua cor e cheiro por meio
do samba
de nega
que
sobe e desce as ladeiras sem deixar cair o balaio
E as
montanhas que há nele
logo
encontraram o mar que existe nela
Que
limpem o terreiro
pois
as galinhas vão avoar
Dedicado...
Diógenes
Pereira. SSA-BA, 18/04/2012
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