quinta-feira, 10 de junho de 2010

África [texto abstrato]

Cosmos… Universos… Universo… Física… Dimensões… Dimensão… Espaço-tempo… Forças… Força… Gravidade… Magnetismo… Eletricidade… Eletromagnetismo… Nuclear Fraca e Forte… Energias… Energia Negativa… Energia Positiva… Radiação… Matéria… Antimatéria… Matéria Escura… Vácuo(?)… Partículas Elementares… Partículas de Força… Bósons Fracos W e Z… Fótons… Glúons… Higgs… Píons… Neutrinos… Tau-neutrinos… Múon-neutrinos… elétron-neutrinos… Taus… Múons… Elétrons… Leptons… Quarks Bottom… Quarks Top… Quarks Strange… Quarks Charm… Quarks Up… Quarks Down… Nêutrons… Prótons… Antipartículas… Núcleo… Átomo… Moléculas… Massas… Células… Tecidos… Corpos… Seres… Coisas… Coisa… Ocorrência… Existência! Existir? O que é isso? Muito complexo, vasto e vago os significados que a essa unidade lexical, lexema, são permitidos - ainda! Aliás, possui valor(es) semântico(s) existir? Talvez. Nasça, então, aqui, uma existência para existir a partir duma dor maior que a da partida ou da (re)construção: existir é Permissão. Mas simples assim? Não se iluda frente à aparente e epidérmica puerilidade da expressão. Muitas vezes a poeira guarda mais mistérios e deslumbres que o pomar de jacas e goiabas, ou as fezes da entediante muriçoca é mais agitação que um banquete à Luiz XV. Veja, sinta, deguste o que está convenientemente tácito e devasse os abissais das ocorrências, fatos, atos e verdades que estão frente ao seu ser.

As Leis Físicas, Partículas de Força, Partículas Elementares e Enigmas do Cosmos se permitiram uns aos outros e surge o Átomo, por exemplo, a mútua permissibilidade, Energia em “ebulição” de contatos. O início acabou de começar! A Permissão, contudo, não pára no átomo. Você só consegue ver, ler e entender estas palavras porque o fascinante, intrigante e intrincado processo de permissão chegou a tal ponto que criou você, o indivíduo, uma parte da humanidade, o ápice da Permissão(?), que continua a se permitir mais e mais, e mais, mais…

Incrivelmente, tudo é regido, envolvido, atravessado, sustentado e/ou composto por Leis Físicas, Partículas de Força, Partículas Elementares e Enigmas do Cosmos, que, por sua vez, formam, entre outros, o átomo, ser composto por prótons, nêutrons e elétrons. E os primeiros são construídos, concebidos pelo quê? Silêncio terreal e excitante, assim é a ordem/estado/informação corrente, o próprio estupor, paralesia em contradição com movimento, ação, mutação, transformação. Pára, então, por aí, ou por aqui, ou por cá, ou por lá, aquém, inter, além? Não. Ainda não nos permitimos a outras respostas – e, antes, até mesmo perguntas outras e várias! –, pelo menos creio – ainda! Isso faz com que tudo que há seja uma coisa só: a permissão de Leis Físicas, Partículas de Força, Partículas Elementares e Enigmas do Cosmos em Ocorrências, Coisas, como por exemplo, num contínuo de criação, os próprios átomos, que, por sua vez, se permitem em moléculas; fato esse que anula as diferenças, aproximando-me de você e nós dos gatos, cachorros, baleias, lesmas, minhocas, morotós, canetas, sol, ar, água, cocô, mijo, catarro, sangue, rosa, chocolate, álcool, abacaxi, fogo, luz; tudo energia em suas conveniências imagéticas e físico-corpóreas. Mas o que torna o cocô um cocô e o chocolate um chocolate, ou eu em mim e você em si? A própria Permissão. Ela que(m) faz com que os G4 (Leis Físicas, Partículas de Força, Partículas Elementares e Enigmas do Cosmos) formem, em exemplo, prótons, nêutrons e elétrons, átomos, moléculas, massas, células, tecidos, corpos, seres, coisas, existência, o que cria em si a diversidade pululante e fascinante. Isso é o próprio Universo: Energia! Eu e você somos construídos por Ela Nele e, paralelamente, é evitado que nós dois nos misturemos, formando uma coisa única com o resto, os outros seres: um oceano cósmico de G4 desgovernados, solitários, frívolos que, um dia, se cansariam da ociosidade e exigiriam o divórcio aos berros! Surgindo, dessa forma, um universo de rebeldia, independência, indiferença, arrogância, intolerância, vaidade – aversivos entre si e de si mesmos; possibilidade outra (imaginada!) que impossibilitaria a Existência – ou pelo menos a Existência que conhecemos e somos – e, por extensão, o momento do contato de minha mente com o papel, intermediado (é claro!) pela caneta – e por que não o lápis? –, a qual permitiu a existência deste texto e, por conseguinte, a sua leitura de você próprio através de mim, nós, o texto: Leis Físicas, Partículas de Força, Partículas Elementares e Enigmas do Cosmos, sucinta e facilitadoramente prótons, nêutrons e elétrons. Esse trio em átomos; átomos em moléculas; moléculas em massas; massas em células; células em tecidos; tecidos em corpos; corpos em seres; seres e coisas em existência; existência em existências, a Conveniência da Permissão, Energia em hiper-atividade perpétua.

Apesar de tudo ser permitido/composto pelos G4, os postes continuam sendo postes, assim como o esgoto, o próprio esgoto; como eu continuo – por conveniência – sendo eu e você, você mesmo. Isso nem sempre foi assim e, talvez, não fique assim para sempre. Incertezas são o ar e nós, o resto, uma mosca dentro do espaço amplo! Falta-nos segurança de tudo – ainda! Tudo está nas mãos da Permissão. É Ela que(m) permite a Existência, a Ocorrência de tudo. Sua Conveniência é que(m) dirá se eu já não sou você e você já não sou eu agora, neste momento. Talvez já sejamos um só ser e/ou coisa, e não nos percebemos ainda disso ou assim o queremos que o seja, teatro! Será? O que acha, pensa, crê, sente? Não acha, nem pensa, nem crê, nem sente; não achamos, pensamos, cremos, nem sentimos. Somos achados, pensados, acreditados, sentidos: eu em você, você em mim, nós na Existência, Existência nas Existências, Existências na Permissão. Confuso? Muito tautológico? Não se canse tão cedo! Ainda nem se quer iniciamos o começo. A brincadeirinha apenas só fez arriscar um passo… Não tenha dó de si. permita-se a Permissão! Se não abriu a mente, faça-o agora! Ainda há tempo. Vamos, juntos, unidos, permitamo-nos ao permissível: Existir, Ocorrer, os Fatos/Atos. Devassemos a nossa essência até desaguarmos na nudez sedutora da Conveniência da Permissão. De agora em diante, portanto, faremos um Pacto. Forjaremos um laço de união, a fim de escrutarmos o que somos. Cúmplices, então, já somos; amantes, talvez, nessa sedutora relação que ainda não teve Sexo. Será? (…) Há muitas coisas entre Eu e Você e os Outros que você ainda não se autorizou à percepção. Deseje-me – por que não “me deseje”? – sorte, pois você já a tem, assim eu o quero. E fique muito ansioso porque depois de um suspiro, vem a dor, o sofrimento, a insatisfação, a frustração, o devir, o desejo, o prazer e mais, mais, muito mais, outros… Outras… Esperanças… Desilusões… Quimeras… Ficção… Realidade… Forjamentos… Imagens…

Diógenes pereira. Ssa, algum dia do 1º semestre de 2005 a 26 de maio de 2007

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