quinta-feira, 10 de junho de 2010

O MIRANTE (poema)

O vazio era imenso como um monte

e no alto se encontrava, embevecida,

a vida revelada no horizonte.

Havia além do monte a despedida;

mistério que do olhar se faz a ponte.

O vazio concentrava a própria vida



refletida no espelho onde medito

em ser tudo isto ou parte.

Dualidade que existe por detrás desse infinito.

Indagação febril de que sou grade

e, ao mesmo tempo, em toda luz que fito

a manifestação da liberdade.

 
Gustavo Costa Pinto. Salvador-Ba, 11 de abril de 2010.

AO IDEALISTA DIÓGENES,

"O idealista é um incorrigível;se é expulso do seu céu,faz um ideal do seu inferno".Nietzschez

Para mim,o idealista é um sábio,que apenas busca no recipiendário das palavras um modo de ser livre no seu refúgio-pássaro.

Entre desavenças e desejos frívolos,uma alma se fez clara,deflagrando o cerne de uma potência ambígua e refulgente!Um acarbouço da palavra es(ex)crita ,que grita e gravita na mente cósmica de um equilíbrio consciencial.

Ser no mundo um escoadouro do imagético,é mais do que simplesmente "ser",é fazer parte do movimento elíptico que dá forma e sentido a indecifrável condição da existência.

Entre NUANCES e sonhos frágeis,toda a totalidade imanente de um "ser",que apenas busca direção no labirinto edaz da vida,pode ser sentida e até tocada,se fizermos junto com Diógenes uma viagem rumo ao cosmo interior que nos habita desde o sempre.

Quem viaja pelo universo interior sabe que o amor inspira,canta e dança nas luzes do coração.Sabe que o divino mora na Flor de lótus sutil que integra os pensamentos,sentimentos e energias na luz do equilíbrio universal.

Façamos todos,amalgamados à esse "canal de brios”,essa epopéia rumo as plêiades supra-sensíveis da palavra.

Aqui deixo “O Mirante”,como uma homenagem e um fomento à reflexão e dissolução do ego.

Gustavo Costa Pinto









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