Abrindo a porta do quarto
A deparação é apreciar o teto já parede
E os meus braços que tocavam ele
As pernas erguendo meu corpo
Em outras projeções ainda ineolháveis
Preciso de cama? Não
Meu repouso agora é os pregos soltos
Sobre o contínuo do quarto
Signo não geométrico
Que se expande a lugar algum
E se encontra aqui
Ali em mim eu
A revolução constante de ínfimas criações
Que amam a ilusão do real
Não canso as imagens
Elas me entendiam
E me fazem ser
O que uma bactéria desejou possuir
Instante de um outro choro
Aquele que canta um sorriso
Eu me chamo segredo
Segredo para a ocorrência
Que não se ousa perguntar
E diz ansiar respostas
Paciência; os dias ainda são os dias
Quem sabe amanhã se tornará chuvas outras
Por diogenes silva. Salvador, 01.11.2006
Paredes-espelho acolhem miasmas de segredos inaudíveis.O sonho, as vezes, é um anseio inumano que erige um narcisismo indolente e analogamente abissal.
ResponderExcluirConfio na palavra que pende e irroga-se em forma de gesta;movendo-se(à pena),liricamente, em traços ideais.
A poesia apreende o nosso mudo amor compondo uma moldura vazada por onde a vida entra.
Gostei do poema!Reetrante e humano(demasiado humano).
Um abraço,Guga.