quinta-feira, 10 de junho de 2010

Rio que vem [poema]

A mente tenta escapar, até esboça algumas saídas, e quem não só chega é a Lembrança do que se sonhou, ela já é estrutura rija, assume formas várias e dita direção de olhar, assim como traz Ausência ao toque, a Solidão é doce, saboreada aos poucos, sempre, tornando a pele refém de calor que não chega de seu corpo, a Noite é diferente da Tarde que, por seu turno e vez, não é análoga à Manhã, a qual espreita a Insônia Madrugada, estabelecer Outros Rumos não só traz Medo, carrega em si o Desafio ante o Comodismo, a Preguiça e a Segurança Ludibriadora do SaborJáConhecido, Experimentar é delícia, agora partir do Abandono é mais que Dificuldade, é encarar por muitas maneiras tudo aquilo que se rejeita e/ou se quer rejeitar em intimidade de si, Lugar onde Mentira se verte Verdade em avessos forçados: sou eu isso ou aquilo que a voz canta? Sim, em Ironia, no singular do soberbo que está na praiaoceano e não bebe da água não porque contém sal nela, e sim porque há nele a Inexistência de Vontade de se Permitir a CaminhosOutrosdeSofrer, e é se degradando que se regenera, e é se defendendo que se perde e perde, e é se atirando ao chão, roçando-lhe Volúpia, que aporta se no Limite do humano: a não-concepção de coisa sem alguma Início, e Fim, e Limites, o refúgio é Veneno que maquia as vísceras e fomenta o Nojo na alma, muitos são Os Rios, e há Planaltos e Planícies, o que talvez não ocorra é a PerspectivaEsperança de que tudo Real-Mente passa, e fica, muda, e conserva, eis aí o motivo do Pão ao Forno, Existir é Vastidão, é mais, muito além, Sair de casa talvez não traga tesouros mas deixará Marcas que as dimensões da Razão jamais alcançarão ler, SAUDAÇÕES

DIÓGENES SILVA

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