Chove. Chuva é tão gostosa...
Cai geladinha sobre o corpo
Beijando ele satisfeita
Porque há mais que vida
Ocorre desejo.
O coração logo se anima em sua certeza
Mas que só bater,
Delira ao sabor dos sonhos soberbos de si
Delirar é delicioso. Pirar, experiência única!
Insanidade reclama outra razão
Não existe mais paz
Agitação é toda alma
Alegria pros dedos inquietos
Que procuram na pele do outro
Topografias duma geografia apenas permitida a aqueles
Que se achegam pelo cheiro
Saborear as diferenças indispensáveis
Através das afinidades necessárias
É se expandir criança pelo quintal farto
Onde tem muita fruta, muita cor, muita forma
Muitos sabores muita coisa a descobrir, a desvendar
a provar e compartilha porque não dá pra respirar só
Fome não falta
Olhos não param
Pernas não cessam a vontade de sustentar apenas um corpo
União é reclamada aos suspiros dos encontros
Cumplicidade é de poucos e pra raros
Onde há lábios em contatos,
Ocorre a imaginação farta:
Possuindo e possuído em liberdade refrescante.
A vida sempre vem
Até quando se sente dor
Nada é gratuito
É certo vida escapar pelos dedos
Então só resta aos sábios loucos
Tocar a boca no fogo que não queima
Apenas alimenta o desejo de se ver bem no espelho
Vire. Me fite. Enxergue em mim além do medo,
Sinta aquilo que sempre quis,
E nunca se permitiu ousar
Viver é pra poucos
Viva! Levante!
Pegue em minha mão
E vamos juntos pelo mundo das descobertas...
Muitos caminhos nos esperam
Amar é maravilhoso
Deixe a paz fazer do vazio
O oceano de sensações inacreditáveis
Sorria!
Rir é muito bom!
Díógenes Pereira da Silva. Salvador, Bahia, 25 de maio de 2010.
Dedicado
Com carinho, respeito, admiração, atenção
uma pessoa que tem fome de vida e
deseja ser a pessoa: o reflexo no espelho
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