Ontem... Oh... – que se diz ser pretérito! Coisa apenas ocorrente em dimensões de ficcionalização da mente permitida – fui ni’minha Casa:
num ambiente de cama deliciosamente sonhodeliexcitante, o Mar me viu, as Areias se roçaram em mim, as Pedras me bejô... Tinha dia, vestígios de noite ainda no chegar do vento. Era engraçado com’o Sol brincava com as Ondas e o Ouvido os convidava a Fotografias. Também adorei o achar estranho o parecer normal gentemovimento não poder ver o ar. Coisas! Eu ultrapassei o estar toque e, por leve passagem, me era sensações. Desfilei pelas bocas do mundo. Carros eram piolhos desejados em meus pêlos. O chão parecia tão firme... E aonde ia eu, lá o céu era mais que teto, uma capela não divina onde (o)corriam espelhos de nuvens, outras... Pensei ter visto outros universos. E vi mesmo! Eu, em mim, por mim, através de Eu, mas roubando luxuriosamente o externo que pensa não ser contínuo meu, me permiti: as vozes me cantavam. Como é loucura ser desejo em desejado.
Entre gentes, o tempo não foi horas; ele era aquém, inter e além dimençãoaçãomutação. Catei cada faísca de odor humano. Hum... Delícia! Meus Dentes já se sentiam língua e se esbaldaram sobre o Asfalto dançante. Os corpos eram teias, unidos falavam, em idiomas vários, muito o que Dioniso reclamava frente a Apolo, e Apolo não abandonou meus Sentidos – ainda não quero o entendimento do porquê o humano nega Sexo em amizade e Amizade em Sexo. Tolinhos... Sexo é Amizade, Amizade em ápice; e Amizade é Sexo, em Manifestação máxima. Raríssimos souberam, sabem e saberão o que se permite SerEstar SexoAmizade e AmizadeSexo! – Ele (Apolo) dizia ser eu uma Planície paridora de Montanhas, e Dioniso gargalhava! Afirmava o Senhor das Cachaças que estava eu Montanha vomitadora de Planícies. Como eu adoro uma guerra!!! Trocas... Diálogos... Sexo... Amizade... É mister minhas faces excitadíssimas em prostituição. Sou e estou Prostituir.
Fui mijar. Vi sair o que antes eu havia aglutinado à minha colônia que me faço ser física. E indo embora, saía eu de minha Casa:
hoje. Não vejo a mim – será? Ou enxergo o que renegado foi e é em desejo demasiado? – Oi, olá, hei, como vai, tudo bem, beleza? O que tem? Não há mais o Estranho. Já sei... O mundo se embriagou demais de Eu e bêbado não ficou; não sabe o que é loucura. Pena... Como quis ser ingênuo – Ingenuidade é a porta para a maldade das descobertas. Viu?! Eu tinha dito. Sempre falo, e o Orgulho e Arrogância de Sededevida não quer ver/perceber o Narciso de outrem. Mas o que seria d’Eu sem minha Presunção? Vê no que dá? Muita luz. Luz... Sinto dor. Ai ... Que Dor... Outra vez me conduzem, por permissão minha, a acreditar que Realidade Ficcional(izante/izadora/izável) de IntroEu não é possível nesse mundo, que insiste em crer que para (o)correr Vidaexistência é imprescindível fronteiras. Ka, ka, ka, ka, ka... Volto pra calçada.
Presencio agora o suor expulso retornando pra pele, mas não tenho buracos. Não me permitem, por mim, escapulir da Prisãose’muros que me fazem quer, em liberdade, que sou eu em cada deslizar de partes minhas. Outra vez sou só. E a Dor vem. É ela uma Mãe. Sabe me conduzir à (re)construção. Eu pensava não saber... Mas sabia e sei que amo ter a Dor. Anseio a ter em posse. Não! Transgrido, sou hybris. Exijo o Sofrimento, o qual é para poucos, como Eu! E, com ele, me faço o que sou: Nada, enigma que aflora o Estupor no humano.
Como é gostoso DorSofrimento! E sinto ela/ele tendo aqui, ali, dentro, fora, circundante em unha, também nos cílios e no suvaco. Heheheheheheheheh! (O)corre uma alegria diferentestranha aqui. O Estranho (re)torna em maneiras outras. Há outro sabor e’meus’olhos: tenho certezadúvida e dúvidacerteza que isso é Vida! DorSofrimento não deseja que eu inicie a palavra em orações de ponto – Não começo a frase em ponto. Pode até existir a possibilidade disso ( e tem mesmo!), e até a idéia de isso ser gostoso, mas ainda não aportei lá. Mas um dia chego. Rsrsrsrsrsrs... DorSofrimento diz pra Eu, em vozmaracujá: menino, criatura emprestada a mim, meu filho, você é o que lhe tiram. Oi! Oi? Por isso, não paro de crescer ao ser diminuído. Logo, diminuindocrescendo, chego à Primavera. O momento é de flores. Preciso de Espinhos e OdoresJacaMoleMadurAbacaxi. Alguém aí ou lá ou cá curte sangue? Respostas... Perguntas... Silêncio... Gritos... Deu uma vontadetartaruga de ser Praia...
Por Diógenes Silva. Salvador, 21-26 de maio de 2007.
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