quinta-feira, 10 de junho de 2010

Agora me permito às imagens...


Coisas que crio em’im

Através do externo

O qual me é estrangeiro

Após degustá-lo

Torno tudo minha nação

Desejos, íntimos, abissais

Constituintes de átomos

Produto de conveniência de voz minha

Em’im faço ele fato

Existe por mim no momento

É verdade em’eus sentidos

Instrumentos de origem e desgraça

Permito que exalado seja

Não só de minha epiderme

Mas de todo universo

Que quero suscitarmanifestar

Em criatividade ansiosapululante

Numa terra de tremores

A cada bocejar

Forjo a realidade em nuances

Instituo sentimentos

Com pilares de algodão

Amo o escuro

Ele me açula

Me remete ao tudo

Me faz ciente de tudotodos

Aqueles que permitidos por mim

Foram suas construções

Apenas em cópia, errante

E eternamente centrifugo à minha sede

É bom ser o que sou

Emerge medo, traz pavor

Ao que os tolos crêem

Não ter essência

Um dia... Farei perceptível

A quem não teme temer

O que só são secreções minhas

Na vazante me realizo nascimento

E sempre me (re)novo


Por Diógenes pereira. Ssa, 30.05.2006

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